O Carnaval na região do Alentejo, em Portugal, é uma celebração repleta de música, dança e tradições enraizadas na cultura popular. 

Vamos conhecer a sua história?

A festividade, oficialmente, tem início no dia de São Sebastião, a 20 de janeiro, estendendo-se até a meia-noite da terça-feira gorda. 

O dia seguinte, Quarta-Feira de Cinzas, é dedicado à purificação dos "Pecados" do Entrudo, assim como acontecia em Torres Vedras no século XIX.

No final do século XIX, em Serpa, as quatro semanas que antecediam os três dias de Entrudo e tinham designações populares específicas, como "semana d'amigos", "semana d'amigas", "semana de compadres" e "semana de comadres". 

Durante essas semanas, grupos de amigos reuniam-se para celebrar, comer, beber e cantar, cada semana com as suas próprias tradições.

Em algumas aldeias alentejanas, nas quintas-feiras da primeira e terceira semanas, os jovens percorriam as ruas com chocalhos, ao realizarem as tradicionais chocalhadas e as mulheres atiravam água para cima deles, criando um ambiente festivo e irreverente.

Os cantos Alentejanos também são bastante característicos, uma expressão profunda que reflete a alma e a história do povo da planície. "Eu sou devedor à terra; a terra me está devendo; a terra paga-me em vida; eu pago à terra morrendo", é uma passagem do canto alentejano que encapsula a ligação entre o homem e a terra que o viu nascer.

Desta forma, o canto alentejano tornou-se uma forma de arte que transcende o tempo, preservando as tradições e os sentimentos mais profundos do povo, sendo constituindo assim pelas modas alentejanas .

Estas modas dividem-se em dois grupos distintos: as "modas de baile", entoadas durante os Santos Populares e o Carnaval, e as "modas terra de barro", conhecidas pela sua complexidade e dificuldade de execução. Estas modas são fonte de orgulho para os grupos, que competem de forma saudável para demonstrar sua maestria vocal.

Entre os principais cantos alentejanos destacam-se "Ao romper da bela aurora", "A ribeira do sol posto" e "Passarinho", cada um retratando aspectos singulares da vida e da natureza da região. O rio Guadiana, que corta a paisagem alentejana, separa dois estilos distintos de canto, refletindo a diversidade e riqueza cultural da região.

Durante o canto é de notar, também, o traje típico, o fato domingueiro, composto por camisa, colete e calças finas. No entanto, grupos como os "ceifeiros de Cuba" adotam trajes de trabalho, ressaltando a ligação do canto com as atividades rurais e a vida quotidiana.

Não esquecendo as máscaras que, naturalmente,  desempenham um papel significativo no Carnaval, sendo utilizadas para expressar críticas sociais e políticas, os mascarados, conhecidos como "ensaiados" no Alentejo, usam máscaras que são designadas de "caraças". 

Entre as máscaras mais características está o "travesti", associado à transgressão de papéis tradicionais entre homens e mulheres.

Por outro lado, a tradição do "enterro do Entrudo" envolve foliões que carregam um simulacro de urna funerária com um boneco de palha, encerrando assim os momentos de alegria consentida antes do período de abstinência. 

O fogo que existe nesta cerimónia simbolizaria a purificação dos penitentes, perante os pecados do Entrudo. Na região saloia há quem lhe chame Enterro do Bacalhau ou simplesmente Enterro do Carnaval, sendo este o dia que marca o fim do Carnaval.

Em resumo, o Carnaval Alentejano é uma celebração rica em tradições, música, dança e críticas sociais, refletindo a identidade cultural única da região

As brincadeiras, máscaras e cerimônias contribuem para uma festividade vibrante e cheia de significado para a comunidade local. 

Se nesta época festiva pretende, também, ter presente a essência alentejana, visite o nosso website e descubra os verdadeiros Pecados do Alentejo!

 

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