A lenda remete para Martinho, um militar, monge, bispo e santo católico, nascido no ano de 316 e falecido a 397.

Martinho nasceu na Hungria no ano 316 e pertencia a uma família pagã. O seu pai era comandante do exército romano. Martinho levado pela curiosidade começou a frequentar uma Igreja cristã. Para evitar a conversão do filho, o pai alistou-o no exército, mas foi inútil.

Entrou no exército romano com 15 anos e chegou a cavalheiro da Guarda Real.

Recebeu o batismo na Páscoa de 339 e continuou a vida militar até os 40 anos.

Martinho foi um soldado romano que, depois de receber o batismo e renunciar a milícia, fundou um mosteiro em Ligugé, França, o primeiro mosteiro da Europa.

Realizava-se assim sua grande aspiração, expressa na juventude e contrariada pelo pai, obstinadamente pagão.

Mais tarde recebeu a ordem sacerdotal e Martinho foi consagrado bispo em 4 de julho de 371. Foi um pastor zeloso e ativo, sobretudo um grande missionário. Guiou o seu rebanho e a serviu de árbitro entre os cidadãos e as autoridades romanas. Percorreu os campos e as vilas e preparou seus sacerdotes para a missão, fundando em Mormutier o primeiro centro de formação missionária da Gália.

No outono de 397, ao visitar uma paróquia rural, Candes (aldeia vale de Loire, em França) sentiu avizinhar-se a última hora. Deitou-se sobre uma rude mesa recoberta de cinzas e em oração esperou a morte. Faleceu a 8 de novembro de 397.

São Martinho é o primeiro Santo não mártir.

“Senhor, se o vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho. Seja feita a vossa vontade” dizia Martinho, Bispo de Tours, aos oitenta e um anos de idade.

O famoso cavaleiro da história era um militar do exército romano que abandonou a guerra para se tornar num monge católico e fazer o bem.

Corria o ano de 337, no século IV, o dito cavaleiro gaulês, de nome Martinho, estava a caminho da sua terra natal. Durante uma grande tempestade de neve e vento, encontrou um mendigo que lhe pediu uma esmola. O cavaleiro, que não tinha mais nada consigo, retirou das costas o manto que o aquecia e cortou-o ao meio com a espada. Deu uma das metades ao mendigo.

Continuou a sua viagem, à neve, ao frio e ao vento, agora, sem a sua capa para se proteger.

De repente a tempestade afastou-se e um sol radioso começou a brilhar. O bom tempo perdurou por 3 dias.

Acredita-se que esta mudança no estado do tempo tenha sido a recompensa por Martinho ter sido generoso.

São Martinho foi um dos principais religiosos a espalhar a fé cristã na Gália (a atual França) e tornou-se num dos santos mais populares da Europa! Diz-se que protege os alfaiates, os soldados e cavaleiros, os pedintes e os produtores de vinho.

Foi a 11 de novembro que São Martinho foi sepultado na cidade francesa de Tours, a sua terra natal e é por esse motivo que a data foi a escolhida para celebrar o Dia de São Martinho.

Normalmente, nos dias próximos do dia 11 de novembro o tempo chuvoso, frio e ventoso vai-se embora, tempo melhora e o sol radioso aparece e aquece os dias, tal como sucedeu com São Martinho. Este acontecimento é conhecido como o “verão de São Martinho”.

Devido a esta lenda, todos os anos, festejamos o Dia de São Martinho a 11 de novembro.

Esta celebração tem vários costumes associados que valem a pena lembrar, festejar e saborear.

A tradição manda que, em tempo de São Martinho, se façam magustos, festas onde se assam castanhas. Nalgumas localidades mais pequenas, amigos e famílias juntam-se à volta de uma fogueira onde se assam as castanhas.

Hoje ao calor da fogueira, não partilhamos a capa, mas partilhamos as castanhas assadas.

Além das castanhas, é também tradicional saborear e beber-se bebidas alcoólicas a água-pé, jeropiga e vinho novo.

A água-pé é uma bebida mais fraca do que o vinho, feita com os restos das uvas e água. Já a jeropiga é uma bebida doce que resulta da adição de aguardente ao mosto das uvas, antes do processo de fermentação e beber o vinho novo, produzido com a colheita do verão anterior.

Provérbios

O provérbio popular diz-nos que ”no dia de São Martinho, pão, castanhas e vinho

É verdade! Também temos o provérbio: “No São Martinho, vai à adega e prova o teu vinho”.

Pelo São Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho

No São Martinho todo o mosto é bom vinho

Ladainha

Arre burrinho

Para São Martinho

Carregadinho de pão e vinho.

Arre burrinho de Queluz

Carregadinho de luz.

Arre burrinho da Guiné

Carregadinho de café.

Arre da Rinchoa

Carregadinho burrinho de broa.

Arre burrinho, arre burrinho

Sardinha assada com pão e vinho.

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